sexta-feira, 31 de março de 2017
sábado, 25 de março de 2017
terça-feira, 21 de março de 2017
segunda-feira, 20 de março de 2017
quarta-feira, 15 de março de 2017
87 ANOS
Se meu pai fosse vivo, hoje fazia 87 anos!
Penso muito nele e em quanto me faz falta.
A sua ternura, sua preocupação...
Os anos passam, as lembranças são muitas e a tristeza quando vem, demora a ir embora!
Das pessoas que mais amei, meu pai foi o primeiro que me deixou, vai fazer em julho 6 longos anos. Por mais que tente, desde esse nada mais foi igual!
Penso muito nele e em quanto me faz falta.
A sua ternura, sua preocupação...
Os anos passam, as lembranças são muitas e a tristeza quando vem, demora a ir embora!
Das pessoas que mais amei, meu pai foi o primeiro que me deixou, vai fazer em julho 6 longos anos. Por mais que tente, desde esse nada mais foi igual!
quarta-feira, 8 de março de 2017
domingo, 5 de março de 2017
MIQUELINA
era uma rapariga voluntariosa, que nasceu numa pequena Aldeia do Concelho de Bragança. Com seis irmãos a vida era muito difícil, isto nos longínquos anos 40 no século passado.
Miquelina veio por isso para a "grande cidade", neste caso o Porto, para a zona da Foz, onde predominavam as chamadas "famílias burguesas", tinha 10 anos! Era uma empregada interna, com um quartinho que lhe chegava perfeitamente para os parcos haveres e vestes que tinha consigo. Rapariga esperta, astuta, cedo aprendeu as lides da casa e por volta dos 17, 18 anos, tornou-se a governanta da Mansão. Passava tudo por ela, desde os grandes assados aos domingos, à Língua afiambrada que tão bem fazia, aos lanches senhoriais onde havia desde as bolachas de todas as variedades, aos doces de todas as frutas, salgadinhos desde rissóis aos bolinhos de bacalhau, tudo no mais fino requinte!
Miquelina, nos passeios que lhe eram permitidos fazer, aos domingos no período da tarde, conheceu o que viria a ser o grande amor da sua vida!. Escusado será dizer que passado muito pouco tempo, deixou a Mansão para grande pena dos patrões. Casou e passou a morar numa casinha alugada numa zona de pessoas mais modestas! Arranjou emprego numa fábrica na Avenida da Boavista, entretanto extinta.
Passado nem um ano, nasceu o filho mais velho, José Manuel e só passados quase 11 anos, nasceu a Maria José. Ela vivia um autêntico "conto de fadas"! Passados uns 7 anos, tudo desmoronou! O príncipe virou "sapo", quando ela descobriu que ele a traía e não teria sido só por uma vez!. Aconteceu o inevitável divórcio, passando ela a viver só com os dois filhos. Não se sabe se terá sido do desgosto porque apesar de várias relações que depois teve, o António, foi sempre o seu grande amor. Apanhou várias depressões e chegou inclusive a querer "vender a filha" por dinheiro, tudo lhe era permitido! Saía de casa, para as noitadas, aparecendo ao amanhecer e sem se importar se os filhos tinham ou não de comer... não raras as vezes eram os vizinhos e amigos que lhe levavam algo para petiscar! Casou anos mais tarde com um homem que tinha uma reforma "choruda" que era, ou se tornou alcoólico assim como ela, não raras as vezes estavam os dois em casa ko.
O Zé Manel, nunca teve grande cabeça, teve um casamento quando era muito jovem, a rapariga engravidou e tiveram duas raparigas separaram-se e depois andou meio à deriva. Hoje em dia tem uma relação que se pode chamar de estável, mas de não se importar se pede e depois não tem dinheiro para pagar...
A Maria José, com uns 16 anos, conheceu o Pedro, um jovem de 19 anos pobre mas de boa família e que começou a aperceber-se que a mãe da Zeza não era "flor que se cheirasse" porque uma noite, a rapariga não tinha chave para entrar em casa e ficaram os dois toda a noite à porta de casa dela, à espera que a mãe chegasse...
Passado pouco tempo, aconteceu o que mencionei em cima, o querer "vender a filha" a um chulo que andava com ela! foi um enorme drama e desgosto a a mãe dele, senhora de fino porte, educada e com uns valores dantescos, não quis que a rapariga ficasse nem mais um dia a viver naquela casa de pode-se dizer "prostituição". Aconteceu o inevitável, Zeza engravidou e a par dessa gravidez, começou a manter contacto com a mãe e acabaram por ir viver com ela, depois do casamento, tudo lhe perdoando...
Escusado será dizer que o Pedro nunca conseguiu olhar 100% bem para a sogra, mas a idade era pouca, a Zeza para todos os efeitos apesar de mais nova ainda, era o que se chama de "sabidolas" pois criada com uma mulher daquelas, também não era muito de admirar e lá conseguiu "dar-lhe" a volta...
Nasceu uma bela rapariga no final dos anos 60! tendo depois tido mais 3 filhos, todos eles rapazes.
A Dª Noémia, tinha três filhos, o Pedro que era o mais novo, a Inês e o João que era o mais velho.
A Inês casou com um rapaz humilde mas de bom coração e de uma família paupérrima teve um único filho, o Diogo. O João, é um bom vivant" solteirão, com um bom emprego e namora hoje, namora amanha e vai vivendo na "dele".
A Miquelina teve 6 netos, duas raparigas do filho, 1 rapariga da filha e mais 3 rapazes igualmente da filha, a Dª. Noémia, tinha 4 netos, do Pedro uma rapariga e três rapazes e da Inês, um rapaz!
Apesar da Noémia ter sida desde sempre uma melhor mãe e melhor avó que a Miquelina, os netos não tinham grande "inclinação" para ela, já o Diogo, filho da Inês, não via outra coisa senão a Avô Noémia e o Avô Carlos.
Os filhos do Pedro, podiam passar mesmo à porta da Noémia que eram incapazes de ir ver como ela estava, visto nos últimos anos estar já bastante debilitada! O Diogo? ah o Diogo sempre em contacto com a Avó, sempre a telefonar à avó...
Agora a Miquelina, está já com muita idade... mas os netos, são um "cestinho" de mão! A rapariga, a Lurdes, comprou um carrito e a avó é só "abrir a boca" que está sempre pronta para as mordomias da Miquelina e os outros netos igualmente!
Agora pergunto eu? valerá a pena ser-se "bom? " valerá a pena ser-se honesto? valerá a pena criar os filhos e netos, com tudo principalmente com preocupação? que estejam bem, que tenham tudo...!
Temos aqui um exemplo! não é que queira ou ficasse contente que eles abandonassem a avó, nada disso, mas porquê um tão diferente tratamento em duas avós que são, tão diferentes como a "água do vinho?" Será que a Noémia não merecia uma visita? nem que fosse uma vez por mês????
Será que vale a pena tanta preocupação? não será melhor ser-se egoísta?
Não será que dando-se "patadas" aos filhos e netos, somos depois melhor tratados?
Hoje um dia de grande angústia e tristeza porque estas passagens, são verídicas! são !"páginas" de um livro por escrever !
Miquelina veio por isso para a "grande cidade", neste caso o Porto, para a zona da Foz, onde predominavam as chamadas "famílias burguesas", tinha 10 anos! Era uma empregada interna, com um quartinho que lhe chegava perfeitamente para os parcos haveres e vestes que tinha consigo. Rapariga esperta, astuta, cedo aprendeu as lides da casa e por volta dos 17, 18 anos, tornou-se a governanta da Mansão. Passava tudo por ela, desde os grandes assados aos domingos, à Língua afiambrada que tão bem fazia, aos lanches senhoriais onde havia desde as bolachas de todas as variedades, aos doces de todas as frutas, salgadinhos desde rissóis aos bolinhos de bacalhau, tudo no mais fino requinte!
Miquelina, nos passeios que lhe eram permitidos fazer, aos domingos no período da tarde, conheceu o que viria a ser o grande amor da sua vida!. Escusado será dizer que passado muito pouco tempo, deixou a Mansão para grande pena dos patrões. Casou e passou a morar numa casinha alugada numa zona de pessoas mais modestas! Arranjou emprego numa fábrica na Avenida da Boavista, entretanto extinta.
Passado nem um ano, nasceu o filho mais velho, José Manuel e só passados quase 11 anos, nasceu a Maria José. Ela vivia um autêntico "conto de fadas"! Passados uns 7 anos, tudo desmoronou! O príncipe virou "sapo", quando ela descobriu que ele a traía e não teria sido só por uma vez!. Aconteceu o inevitável divórcio, passando ela a viver só com os dois filhos. Não se sabe se terá sido do desgosto porque apesar de várias relações que depois teve, o António, foi sempre o seu grande amor. Apanhou várias depressões e chegou inclusive a querer "vender a filha" por dinheiro, tudo lhe era permitido! Saía de casa, para as noitadas, aparecendo ao amanhecer e sem se importar se os filhos tinham ou não de comer... não raras as vezes eram os vizinhos e amigos que lhe levavam algo para petiscar! Casou anos mais tarde com um homem que tinha uma reforma "choruda" que era, ou se tornou alcoólico assim como ela, não raras as vezes estavam os dois em casa ko.
O Zé Manel, nunca teve grande cabeça, teve um casamento quando era muito jovem, a rapariga engravidou e tiveram duas raparigas separaram-se e depois andou meio à deriva. Hoje em dia tem uma relação que se pode chamar de estável, mas de não se importar se pede e depois não tem dinheiro para pagar...
A Maria José, com uns 16 anos, conheceu o Pedro, um jovem de 19 anos pobre mas de boa família e que começou a aperceber-se que a mãe da Zeza não era "flor que se cheirasse" porque uma noite, a rapariga não tinha chave para entrar em casa e ficaram os dois toda a noite à porta de casa dela, à espera que a mãe chegasse...
Passado pouco tempo, aconteceu o que mencionei em cima, o querer "vender a filha" a um chulo que andava com ela! foi um enorme drama e desgosto a a mãe dele, senhora de fino porte, educada e com uns valores dantescos, não quis que a rapariga ficasse nem mais um dia a viver naquela casa de pode-se dizer "prostituição". Aconteceu o inevitável, Zeza engravidou e a par dessa gravidez, começou a manter contacto com a mãe e acabaram por ir viver com ela, depois do casamento, tudo lhe perdoando...
Escusado será dizer que o Pedro nunca conseguiu olhar 100% bem para a sogra, mas a idade era pouca, a Zeza para todos os efeitos apesar de mais nova ainda, era o que se chama de "sabidolas" pois criada com uma mulher daquelas, também não era muito de admirar e lá conseguiu "dar-lhe" a volta...
Nasceu uma bela rapariga no final dos anos 60! tendo depois tido mais 3 filhos, todos eles rapazes.
A Dª Noémia, tinha três filhos, o Pedro que era o mais novo, a Inês e o João que era o mais velho.
A Inês casou com um rapaz humilde mas de bom coração e de uma família paupérrima teve um único filho, o Diogo. O João, é um bom vivant" solteirão, com um bom emprego e namora hoje, namora amanha e vai vivendo na "dele".
A Miquelina teve 6 netos, duas raparigas do filho, 1 rapariga da filha e mais 3 rapazes igualmente da filha, a Dª. Noémia, tinha 4 netos, do Pedro uma rapariga e três rapazes e da Inês, um rapaz!
Apesar da Noémia ter sida desde sempre uma melhor mãe e melhor avó que a Miquelina, os netos não tinham grande "inclinação" para ela, já o Diogo, filho da Inês, não via outra coisa senão a Avô Noémia e o Avô Carlos.
Os filhos do Pedro, podiam passar mesmo à porta da Noémia que eram incapazes de ir ver como ela estava, visto nos últimos anos estar já bastante debilitada! O Diogo? ah o Diogo sempre em contacto com a Avó, sempre a telefonar à avó...
Agora a Miquelina, está já com muita idade... mas os netos, são um "cestinho" de mão! A rapariga, a Lurdes, comprou um carrito e a avó é só "abrir a boca" que está sempre pronta para as mordomias da Miquelina e os outros netos igualmente!
Agora pergunto eu? valerá a pena ser-se "bom? " valerá a pena ser-se honesto? valerá a pena criar os filhos e netos, com tudo principalmente com preocupação? que estejam bem, que tenham tudo...!
Temos aqui um exemplo! não é que queira ou ficasse contente que eles abandonassem a avó, nada disso, mas porquê um tão diferente tratamento em duas avós que são, tão diferentes como a "água do vinho?" Será que a Noémia não merecia uma visita? nem que fosse uma vez por mês????
Será que vale a pena tanta preocupação? não será melhor ser-se egoísta?
Não será que dando-se "patadas" aos filhos e netos, somos depois melhor tratados?
Hoje um dia de grande angústia e tristeza porque estas passagens, são verídicas! são !"páginas" de um livro por escrever !
sexta-feira, 3 de março de 2017
Subscrever:
Mensagens (Atom)