Ainda dizem que não há amizades à distância! Eu tenho uma estima imensa por esta rapariga!
Adriana:
São tantos e tantos anos que somos amigas, vc me viu na pior fase que vivi, a do câncer. Agora o que vc presencia é a renovação e o presente que o Universo dá como compensação por todo sofrimento. Tenho certeza que muito do que enfrentei eu tirei forças na sua história de vida também, o amor que tem pelo seu Nando, pelos seus bichinhos e tudo mais. Sou grata a vc.
Eu: Amiga, me comovi agora. Grata também por tudo
Fico feliz por ver sua felicidade! ♥
Adriana:
E eu feliz por ver como você é guerreira e um espelho para mim.
terça-feira, 27 de junho de 2017
domingo, 25 de junho de 2017
65 MESES
65 meses e uma eternidade. Continuo a pensar em ti todos, mas todos os dias!
Imagino coisas que ás vezes me deixam tristes.
Sei e sempre soube que quando partisses, ou quando partiste que jamais nada seria igual.
Não sou, nunca fui e nunca pretendi ser a melhor pessoa do mundo, fiz muita "merda" ao longo do meu percurso de vida, mas à parte disso, às vezes penso que tanto tu como eu, talvez tivéssemos merecido melhor sorte. Claro que tu já cá não estás e eu vou levando a vida, umas vezes alegre, outras nem tanto, mas sempre com a "névoa" da tua partida.
Passa-me tanta coisa pela cabeça... tanta!
Como sabes nunca dormi bem e nunca tenho sono e as noites, longas, são a pensar às vezes coisas que nem "lembra ao diabo" como diria a minha Mãe em quem também penso e muito, principalmente em como havia algumas coisas que faria seguramente diferente se ela ainda estivesse comigo. Penso no meu Pai, que saudades de o ouvir: "ó mulher, ó mulher"...
A vida continua simplesmente um dia atrás do outro, com dor, lágrimas e tristeza, alguma alegria, coisa pouca!
Imagino coisas que ás vezes me deixam tristes.
Sei e sempre soube que quando partisses, ou quando partiste que jamais nada seria igual.
Não sou, nunca fui e nunca pretendi ser a melhor pessoa do mundo, fiz muita "merda" ao longo do meu percurso de vida, mas à parte disso, às vezes penso que tanto tu como eu, talvez tivéssemos merecido melhor sorte. Claro que tu já cá não estás e eu vou levando a vida, umas vezes alegre, outras nem tanto, mas sempre com a "névoa" da tua partida.
Passa-me tanta coisa pela cabeça... tanta!
Como sabes nunca dormi bem e nunca tenho sono e as noites, longas, são a pensar às vezes coisas que nem "lembra ao diabo" como diria a minha Mãe em quem também penso e muito, principalmente em como havia algumas coisas que faria seguramente diferente se ela ainda estivesse comigo. Penso no meu Pai, que saudades de o ouvir: "ó mulher, ó mulher"...
A vida continua simplesmente um dia atrás do outro, com dor, lágrimas e tristeza, alguma alegria, coisa pouca!
sexta-feira, 16 de junho de 2017
segunda-feira, 12 de junho de 2017
A VIDA PARA ALGUMAS PESSOAS É DOLOROSA!
Ontem, estive atenta e muitas vezes emocionada com a história de vida de uma Srª.
Ás vezes até custa a acreditar como a vida pode levar a transformações tão "avassaladoras" tanto para viver melhor, como para viver pior!
Creio que ninguém vai associar o que vou escrever aquela senhora, além do mais, não porei nomes!
Tanto ela como os irmãos, foram criados numa família da alta burguesia do Porto, com criadagem para tudo, desde servir à mesa, a darem-lhe banho, terem um motorista particular para os levar à escola, uma governanta, etc etc. . Portadores de vasta fortuna também no Douro e Guimarães. A mãe, tinha feito o "liceu" e como senhora "fina", que era, limitava-se a não fazer rigorosamente nada a não ser passear e sempre de motorista privado, tinham tudo mas tudo o que a riqueza lhe proporcionava!
Tudo corria bem, ou aparentemente bem, até que tinha ela uns 17, 18 anos e tudo mudou. Nunca, mas nunca, nem mesmo agora que tem quase 80 anos, sabe o que aconteceu, sabe simplesmente que ficou pobre, ficou paupérrima!
Despojadas de tudo e com o pai ás "portas da morte" devido a um cancro, foram viver para um quarto... sim um quarto! ela, a irmã, a mãe e o pai. Cozinhavam no quarto, numa máquina de petróleo, faziam as necessidades num balde, que era despejado de manhã, tomavam banho numa bacia, com água que levavam da rua, do fontanário...!
Começou a trabalhar, a par com a irmã, numa loja mesmo em frente ao mercado do bolhão e na hora do almoço, como não tinham nada que comer e a fome "apertava", ficavam à espera que as mulheres das bancas do mercado, depois de comerem a "malga" da sopa, cochilassem um pouco, e aproveitavam para ir roubar uma peças de fruta que servia de almoço, lanche e a maior parte das vezes até de jantar.
No final do dia, antes de ir para casa, ficava por ali a apanhar as "beatas" que deitavam para o chão e que embrulhava em jornal para chegada a casa, as desfazer e fazer as mortalhas para alimentar o vício do pai!
Certo dia, um Sr, que por ali tinha um quiosque, chamou-a e perguntou-lhe o que é que ela andava a apanhar tão discretamente todos os dias aquela hora, ela, que diz sempre ter sido uma rapariga medrosa, contou:- Ó Sr, o meu pai está está muito doente, e tem o vício do tabaco e ando a apanhar as beatas para lhe fazer os cigarros e os jornais ele vai lendo alguma coisa.!
o Sr. levou-a à loja, deu-lhe um pacote de cigarros, e disse-lhe:-"Quando acabar vens buscar mais, não quero que andes a apanhar isso do chão ouviste?
Fiquei super sensibilizada quando ela disse que não há dia nenhum que não se lembre do Sr e que quer que ele esteja "num bom lugar".
A vida continuava a ser muito complicada e até a mãe, que nunca tinha trabalhado, quando ela falou que estavam a precisar de uma pessoa, a mãe disse que podia ir ela pois precisava de trabalhar e que queria ver se se conseguia adaptar, coisa que ela estranhou devido à mãe nunca ter feito nada, mas certo é que conseguiu e começou igualmente a fazer "pela vida", pois mesmo assim, as dificuldades eram muitas!
Quando tinha uns 25 anos, conheceu um homem, da mesma idade, filho único, criado não só pela mãe mas também por umas tias e que trabalhava perto do silo-auto numa loja de venda ao público de peças de automóveis, já extinta.! Não gostava dele, só pensava que ao casar, poderia ser um passo para deixar de passar a fome que passava...
Assim foi, apesar de uma das tias ser muito religiosa, ela decidiu que não queria casar pela igreja, só pelo registo e casaram.
Alugaram então uma casita, pequenina, mas que "tinha tudo o que era preciso" desde cozinha, sala, quarto e WC.
Nunca soube, do problema de alcoolismo que o marido tinha! em primeiro lugar, depois de o conhecer, não namorou muito tempo e em segundo, nas visitas que fazia a casa dele, nunca deu para se aperceber o que só veio a acontecer passado uns dias de casada. Ele durante o dia, ia trabalhar normalmente, mas antes de vir para casa, passava pelas "capelinhas" e bebia e bebia! tinha pavor a tomar banho, segundo ela, passava simplesmente as mãos por água e "limpava-as" na cabeça, não conseguia dormir com o cheiro insuportável que ele exalava dos pés do chulé de meses, estava sempre a fazer a cama de lavado! Se não gostava dele, teve a certeza que jamais iria gostar! além da vida que levava de insultos e tudo o mais!
Não obstante esse facto, ela cumpria com as "suas obrigações de esposa" e ele andava impecavelmente vestido, as calças bem vincadas e as camisas, engomadas miraculosamente, ao ponto de certo dia, o marido lhe ter dito para passar lá por o trabalho dele que a mulher do patrão queria falar com ela...
Ficou intrigada, mas lá foi. Era simplesmente para lhe perguntar, quem é que passava a roupa do marido que ele andava melhor engomado que o patrão! quando lhe disse que era ela mesma, pediu-lhe para dar "umas aulas" à empregada dela...
Em relação à intimidade era um castigo, por vários fatores, começando logo pelo fator álcool.
Teve 4 filhos, duas raparigas e 2 rapazes. Como a casa estava a ficar pequena e ele era empregado comercial, conseguiu uma casa para os lados de Lordelo. Ela trabalhava como uma moura e depois dos filhos criados, ou quase, decidiu deixá-lo, alugou uma casa nas Fontainhas e levou os 3 filhos mais novos, visto o mais velho andar a estudar ali na zona.
Mais tarde voltou a mudar, para a casa que vive atualmente.
Passado uns tempos ele teve um AVC, o filho não conseguia dar "conta do recado" ele ficou, magro, cadavérico, sem forças, humilde, parecia outra pessoa!.
Ela, diz: trás o teu pai cá para casa que eu tomo conta dele"...
Assim foi, começou a dar-lhe comer a horas, medicação a horas e ele melhorou a olhos vistos e começou a ser o que nunca tinha deixado de ser, mau e sem se importar com nada a não ser com ele próprio. Com ela mora uma neta e uma filha, que trabalha aos turnos e ele não queria saber, se se lembrasse de ligar a televisão, ligava, se se lembrasse de as insultar, insultava.
Arranjou maneira de "cavar" a própria sepultura". O filho mais velho, consegui metê-lo num lar, em frente à casa onde morava, e onde o pai viveu simplesmente uns 15 dias...
Ela continua a trabalhar, apesar da idade, trata da casa de um "doutor" desde a limpeza, às roupas e a par disso, ainda faz arranjos de costura para os quais não tem "mãos a medir".
Uma senhora que nunca foi feliz, mas que dá gosto ouvir, sempre com asneirolas pelo meio, que aprendeu na "vida", na rua, que dá umas sonoras gargalhadas e que depois de ter contado toda a sua vida, não deixou de voltar a repetir: "Não há um dia, um único dia, que não me lembre do Sr. dos cigarros, que Deus lhe dê o melhor lugar que exista lá no céu" e que a ela, lhe perdoe a fruta que roubava, no bolhão, ás vendedoras, também elas pobres e que também elas, lutavam para sobreviver!.
Eu? chorava... simplesmente chorava! A minha Mãe dizia que era uma :"pita chorona" e eu estou a ficar igual, tudo me comove!
Ás vezes até custa a acreditar como a vida pode levar a transformações tão "avassaladoras" tanto para viver melhor, como para viver pior!
Creio que ninguém vai associar o que vou escrever aquela senhora, além do mais, não porei nomes!
Tanto ela como os irmãos, foram criados numa família da alta burguesia do Porto, com criadagem para tudo, desde servir à mesa, a darem-lhe banho, terem um motorista particular para os levar à escola, uma governanta, etc etc. . Portadores de vasta fortuna também no Douro e Guimarães. A mãe, tinha feito o "liceu" e como senhora "fina", que era, limitava-se a não fazer rigorosamente nada a não ser passear e sempre de motorista privado, tinham tudo mas tudo o que a riqueza lhe proporcionava!
Tudo corria bem, ou aparentemente bem, até que tinha ela uns 17, 18 anos e tudo mudou. Nunca, mas nunca, nem mesmo agora que tem quase 80 anos, sabe o que aconteceu, sabe simplesmente que ficou pobre, ficou paupérrima!
Despojadas de tudo e com o pai ás "portas da morte" devido a um cancro, foram viver para um quarto... sim um quarto! ela, a irmã, a mãe e o pai. Cozinhavam no quarto, numa máquina de petróleo, faziam as necessidades num balde, que era despejado de manhã, tomavam banho numa bacia, com água que levavam da rua, do fontanário...!
Começou a trabalhar, a par com a irmã, numa loja mesmo em frente ao mercado do bolhão e na hora do almoço, como não tinham nada que comer e a fome "apertava", ficavam à espera que as mulheres das bancas do mercado, depois de comerem a "malga" da sopa, cochilassem um pouco, e aproveitavam para ir roubar uma peças de fruta que servia de almoço, lanche e a maior parte das vezes até de jantar.
No final do dia, antes de ir para casa, ficava por ali a apanhar as "beatas" que deitavam para o chão e que embrulhava em jornal para chegada a casa, as desfazer e fazer as mortalhas para alimentar o vício do pai!
Certo dia, um Sr, que por ali tinha um quiosque, chamou-a e perguntou-lhe o que é que ela andava a apanhar tão discretamente todos os dias aquela hora, ela, que diz sempre ter sido uma rapariga medrosa, contou:- Ó Sr, o meu pai está está muito doente, e tem o vício do tabaco e ando a apanhar as beatas para lhe fazer os cigarros e os jornais ele vai lendo alguma coisa.!
o Sr. levou-a à loja, deu-lhe um pacote de cigarros, e disse-lhe:-"Quando acabar vens buscar mais, não quero que andes a apanhar isso do chão ouviste?
Fiquei super sensibilizada quando ela disse que não há dia nenhum que não se lembre do Sr e que quer que ele esteja "num bom lugar".
A vida continuava a ser muito complicada e até a mãe, que nunca tinha trabalhado, quando ela falou que estavam a precisar de uma pessoa, a mãe disse que podia ir ela pois precisava de trabalhar e que queria ver se se conseguia adaptar, coisa que ela estranhou devido à mãe nunca ter feito nada, mas certo é que conseguiu e começou igualmente a fazer "pela vida", pois mesmo assim, as dificuldades eram muitas!
Quando tinha uns 25 anos, conheceu um homem, da mesma idade, filho único, criado não só pela mãe mas também por umas tias e que trabalhava perto do silo-auto numa loja de venda ao público de peças de automóveis, já extinta.! Não gostava dele, só pensava que ao casar, poderia ser um passo para deixar de passar a fome que passava...
Assim foi, apesar de uma das tias ser muito religiosa, ela decidiu que não queria casar pela igreja, só pelo registo e casaram.
Alugaram então uma casita, pequenina, mas que "tinha tudo o que era preciso" desde cozinha, sala, quarto e WC.
Nunca soube, do problema de alcoolismo que o marido tinha! em primeiro lugar, depois de o conhecer, não namorou muito tempo e em segundo, nas visitas que fazia a casa dele, nunca deu para se aperceber o que só veio a acontecer passado uns dias de casada. Ele durante o dia, ia trabalhar normalmente, mas antes de vir para casa, passava pelas "capelinhas" e bebia e bebia! tinha pavor a tomar banho, segundo ela, passava simplesmente as mãos por água e "limpava-as" na cabeça, não conseguia dormir com o cheiro insuportável que ele exalava dos pés do chulé de meses, estava sempre a fazer a cama de lavado! Se não gostava dele, teve a certeza que jamais iria gostar! além da vida que levava de insultos e tudo o mais!
Não obstante esse facto, ela cumpria com as "suas obrigações de esposa" e ele andava impecavelmente vestido, as calças bem vincadas e as camisas, engomadas miraculosamente, ao ponto de certo dia, o marido lhe ter dito para passar lá por o trabalho dele que a mulher do patrão queria falar com ela...
Ficou intrigada, mas lá foi. Era simplesmente para lhe perguntar, quem é que passava a roupa do marido que ele andava melhor engomado que o patrão! quando lhe disse que era ela mesma, pediu-lhe para dar "umas aulas" à empregada dela...
Em relação à intimidade era um castigo, por vários fatores, começando logo pelo fator álcool.
Teve 4 filhos, duas raparigas e 2 rapazes. Como a casa estava a ficar pequena e ele era empregado comercial, conseguiu uma casa para os lados de Lordelo. Ela trabalhava como uma moura e depois dos filhos criados, ou quase, decidiu deixá-lo, alugou uma casa nas Fontainhas e levou os 3 filhos mais novos, visto o mais velho andar a estudar ali na zona.
Mais tarde voltou a mudar, para a casa que vive atualmente.
Passado uns tempos ele teve um AVC, o filho não conseguia dar "conta do recado" ele ficou, magro, cadavérico, sem forças, humilde, parecia outra pessoa!.
Ela, diz: trás o teu pai cá para casa que eu tomo conta dele"...
Assim foi, começou a dar-lhe comer a horas, medicação a horas e ele melhorou a olhos vistos e começou a ser o que nunca tinha deixado de ser, mau e sem se importar com nada a não ser com ele próprio. Com ela mora uma neta e uma filha, que trabalha aos turnos e ele não queria saber, se se lembrasse de ligar a televisão, ligava, se se lembrasse de as insultar, insultava.
Arranjou maneira de "cavar" a própria sepultura". O filho mais velho, consegui metê-lo num lar, em frente à casa onde morava, e onde o pai viveu simplesmente uns 15 dias...
Ela continua a trabalhar, apesar da idade, trata da casa de um "doutor" desde a limpeza, às roupas e a par disso, ainda faz arranjos de costura para os quais não tem "mãos a medir".
Uma senhora que nunca foi feliz, mas que dá gosto ouvir, sempre com asneirolas pelo meio, que aprendeu na "vida", na rua, que dá umas sonoras gargalhadas e que depois de ter contado toda a sua vida, não deixou de voltar a repetir: "Não há um dia, um único dia, que não me lembre do Sr. dos cigarros, que Deus lhe dê o melhor lugar que exista lá no céu" e que a ela, lhe perdoe a fruta que roubava, no bolhão, ás vendedoras, também elas pobres e que também elas, lutavam para sobreviver!.
Eu? chorava... simplesmente chorava! A minha Mãe dizia que era uma :"pita chorona" e eu estou a ficar igual, tudo me comove!
sábado, 10 de junho de 2017
domingo, 4 de junho de 2017
quinta-feira, 1 de junho de 2017
CAXITO
O meu canário "caxito", morreu hoje!
Dia da criança!
Estava muito velhinho, já não voava há uns tempos e já não via de uma vista! Mas mesmo assim tive imensa pena.
Nunca tivemos um canário, periquito ou até mesmo agapornis que segundo dizem, duram muitos anos, mas nunca o tempo que este bichinho durou cá em casa!
"Nasceu" (foi comprado: 18-12-2006
Faleceu:......................01-06-2017
(Na primeira tirada em 2012 ainda estava bem, na segunda, já muito velhinho e já sem conseguir voar)
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