terça-feira, 25 de novembro de 2025

65 A N O S


Hoje sensivelmente por volta das 21,30 h, faço 65 anos e, acho que passou depressa demais.

"Ontem" ainda trabalhava, corria, cuidava de tudo e hoje, continua a fazer tudo isso, talvez com um pouco mais de calma, (ou não) com o direito de dizer: "Sou mais eu, sou dona de mim". 

Espero que consiga aprender, nesta nova etapa, agora que sou uma "senhora idosa", (:D) a rir das pequenas coisas e a não me preocupar com aquilo que não posso mudar.

A idade não me define; o que me define é o brilho que ainda trago no olhar, quando algo me encanta e esse brilho por vezes é azul, outras verde, cinza, mas sempre com sinceridade.  

Gosto de café, com ou sem leite, de conversas longas e de manhãs sem pressa no meu “mundinho”.

Gosto de recordar, mas também de sonhar.

Sim, ainda sonho, mas nada me aflige, não tenho nenhuma obsessão, sonho com risos verdadeiros, com dias cheios de sol e principalmente ser feliz e ver o meu filho feliz.

Sei que não preciso provar nada a ninguém.

Posso ser quem sou, com rugas de alegria e também de tristeza, mas com histórias "refletidas" no olhar.

Sou feita de memórias boas, algumas más, de afetos guardados, de silêncios que já não me pesam.

O mais bonito é perceber, ou sentir, que ainda tenho muito para viver, porque envelhecer, afinal, não é perder tempo é sim, viver mais devagar e ter a liberdade de ser, porque efetivamente o tempo não rouba a juventude, apenas a transforma em calma, sabedoria e gratidão, sem pressas.

Hoje celebro cada linha do meu rosto como quem lê um livro bem vivido, sorrio porque, a vida me sorri de volta. Afinal chegar aos 65 anos não pode ser envelhecer, mas sim olhar para nós por outro prisma e ser grato, a nós, ou seja lá a quem for.    

Sem dúvida envelhecer é um privilégio "negado" a muitos, ao Nando, por exemplo porque eu já vivi mais que uma década que ele!  

Parabéns a mim. 

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