Hoje sensivelmente por volta das
21,30 h, faço 65 anos e, acho que passou depressa demais.
"Ontem" ainda
trabalhava, corria, cuidava de tudo e hoje, continua a fazer tudo isso, talvez
com um pouco mais de calma, (ou não) com o direito de dizer: "Sou mais eu,
sou dona de mim".
Espero que consiga aprender,
nesta nova etapa, agora que sou uma "senhora idosa", (:D) a rir das
pequenas coisas e a não me preocupar com aquilo que não posso mudar.
A idade não me define; o que me
define é o brilho que ainda trago no olhar, quando algo me encanta e esse
brilho por vezes é azul, outras verde, cinza, mas sempre com sinceridade.
Gosto de café, com ou sem leite,
de conversas longas e de manhãs sem pressa no meu “mundinho”.
Gosto de recordar, mas também de
sonhar.
Sim, ainda sonho, mas nada me
aflige, não tenho nenhuma obsessão, sonho com risos verdadeiros, com dias
cheios de sol e principalmente ser feliz e ver o meu filho feliz.
Sei que não preciso provar nada a
ninguém.
Posso ser quem sou, com rugas de
alegria e também de tristeza, mas com histórias "refletidas" no olhar.
Sou feita de memórias boas,
algumas más, de afetos guardados, de silêncios que já não me pesam.
O mais bonito é perceber, ou
sentir, que ainda tenho muito para viver, porque envelhecer, afinal, não é
perder tempo é sim, viver mais devagar e ter a liberdade de ser, porque
efetivamente o tempo não rouba a juventude, apenas a transforma em calma, sabedoria
e gratidão, sem pressas.
Hoje celebro cada linha do meu
rosto como quem lê um livro bem vivido, sorrio porque, a vida me sorri de
volta. Afinal chegar aos 65 anos não pode ser envelhecer, mas sim olhar para
nós por outro prisma e ser grato, a nós, ou seja lá a quem for.
Sem dúvida envelhecer é um
privilégio "negado" a muitos, ao Nando, por exemplo porque eu já vivi
mais que uma década que ele!
Parabéns a mim.
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