domingo, 29 de dezembro de 2013

ALBINO AROSO

Fiz questão de ir ao seu funeral, além de ser família, tinha e terei sempre uma enorme gratidão por tudo o que fez por mim. Não esqueço, logo no 1º ano de casada e para não o estar sempre a "chatear" ter ido a uma ginecologista que ficava na Rua Júlio Dinis, que além de ter pago já na altura um "dinheirão", meteu-me um medo enorme, ao dizer que tinha uma "ferida no útero" e que tinha que andar lá para "queimar" e não só uma vez, mas várias, e se não estou em erro, a 3 contos cada uma!  Vim embora "apavorada" com o Nando e minha mãe telefonou logo à prima, que sempre trabalhou com ele e com quem mais tarde acabou por casar, que me disse para logo no dia a seguir, que era um sábado, ir ao consultório dele situado na Rua de Ceuta e onde atualmente uma filha dá consultas pois, tal como o pai foi, é igualmente ginecologista.

Mas adiante, chegada lá, levei a papelada toda que a médica me tinha dado e ele fez-me o exame ginecológico e eu NÃO tinha absolutamente nada! se fosse hoje, as coisas eram diferentes pois tinha com toda a certeza apresentado uma queixa contra a dita cuja, que sinceramente não lembro o nome e nem sei se ela ainda existe!

Aqui há uns anos, em conversa comigo e com o Nando, depois de eu ter feito a laqueação, igualmente por ele, ofereceu-se para o ajudar a deixar de fumar, falando inclusive nas consultas do hospital S. João mas ele não se mostrou muito recetivo também por causa de não faltar ao trabalho!

Além destas passagens, era uma pessoa com quem era possível estar horas a falar que não entediava, falava das mulheres com uma ternura, um afeto tão grande que,  se ele fosse feminista,  não seria com toda a certeza mais defensor da "classe"! um ser humano que cheguei a dizer muitas vezes devia ser "eterno",
nada explorador, trabalhava sem receber nada, quantas e quantas vezes! Fica a saudade, para sempre e uma pessoa que me tocou e que não esquecerei!

Descansa em paz Albino Aroso, (desculpa tratar-te assim)

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