segunda-feira, 27 de junho de 2016
"Já paraste para pensar como fica um coração depois de uma partida? Já imaginaste como ele fica dividido e subdividido? Onde cada pedacinho é uma nova dor. Onde cada dor é uma nova lágrima. Tem alguma coisa pior que teres que continuar sozinha depois do fim de dois? Teres que reaprender a fazer tudo, só que agora de maneira diferente. Agora tens que aprender a fazê-las sem ter a mão que antes te segurava. Sem ter a outra parte do peito. Sem ter companhia. Mas tu deve estar pronta, deves ser flexível às decisões alheias. Hoje tens alguém, mas uma hora ou outra esse alguém vai deixar-te. E ir, assim, sem aviso prévio, sem retorno e sem passagem de volta, só com o teu coração. Mas depois de tudo, tens que aprender, por ti ou por quem quer que seja. Tens que te habituar que vai ser sempre assim. Que neste vai e vem de pessoas, vais ficando cada vez mais incompleta. Que a cada ida, vai igualmente embora uma parte de ti. E que depois de um tempo, vais estar mais nos outros do que em ti mesma. Chega um tempo em que te olhas e não consegues ver mais nada além de um vazio. Onde tu és o vazio ou o vazio és tu. Parece que as coisas já não são feitas para ti, ou tu é que já não estás na forma das coisas. Dá-te a sensação que para ti as coisas tendem a dar sempre errado, mas nem sempre é assim, uma vez ou outra acertas. Uma altura, consegues sorrir tímida, mas sorris."
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