A minha avô materna, Adelaide, tinha 5 irmãos. Tia Aida, tia Rosa, tia Emília, Tio Albino e uma outra, que era a mais nova e também a primeira a falecer a tia Casemira!.
A minha avô teve três raparigas, Aida a minha mãe e mais velha, a Quina e a Maria Emília, minha mãe foi a única que saiu do País, casou com meu pai, Alberto e foi para Angola, teve dois filhos, eu e o Jorge. Eu viúva e só com um filho o Sérgio e meu irmão, divorciado e com uma rapariga e dois rapazes, a Anita o Vasco e o Osvaldo. A Quina, casou com o Quim e teve uma rapariga a Olinda que está divorciada há uns anos e tem um rapaz, o Bruno e a mais nova, casou com o Fernando e teve igualmente só uma rapariga a Cristina casada com o Miguel e tem dois rapazes, o Filipe e o Francisco.
A tia Aida, que era a mais velha e madrinha de minha mãe, teve dois filhos, a Maria Laura e o Pedro, o Pedro formou-se em Engenharia casou com uma professora de nome Carolina e viveram sempre no Porto, tiveram dois rapazes e a Maria Laura, médica anestesista, casou com o igualmente médico Ramiro Valentim e foram para Angola levando com eles a Mãe. Tiveram 5 filhos, filhos esses que foram com quem mais convivi pois tal como nós, viveram em Luanda até altura da êxodo para Portugal. Esta tia Aida, era a irmã que melhor vivia e fui a única que consegui dar um curso superior aos filhos, embora tivesse casado com um carpinteiro a vida era melhor que a das outras irmãs!
A tia Rosa, teve igualmente dois filhos, a Emília Alice e o Toni, a Mila Alice, era Enfermeira no Hospital Santo António esteve solteira até bastante idade, casando depois com o Dr. Albino Aroso e nunca teve filhos, já o irmão, Toni, casou com a Catarina, de quem teve dois filhos, entretanto está divorciado e numa outra relação.
A tia Emília, casada com o tia José, teve três rapazes, O Zeca, meu padrinho por procuração, o Artur e o António Jorge,esta tia viu partir antes dela os três filhos... o primeiro e mais novo, morreu ainda não tinha 30 anos, tínhamos nós chegado de Angola à pouco tempo, teve um tumor na boca, na altura ainda foi a Londres, mas não adiantou deixou uma filha bebé, trabalhava no banco Português do Atlântico e a mulher nunca mais casou. O Artur morreu passado uns anos fumava muito e teve um problema de pulmão, não sei em que trabalhava, era casado com a Eva, tiveram dois filhos, a Teresa e o Zé Manel, essa tia Eva está internada já há uns anos no Hospital Magalhães Lemos com Alzaimer e por último, meu padrinho casado com a Aura e que tiveram 3 filhos, duas raparigas e um rapaz, a Rosário, o Zé Manel e a Marina, trabalhou como electricista na firma "Coats e Clark" e dava aulas de electricidade à noite na escola do "Infante".
O tio Albino, casado com a tia Sofia, tiveram um filho de nome José, que por sua vez teve um casal, uma prima que se formou em medicina e um rapaz, que infelizmente se meteu na droga e nem sei o que foi feito dele pois já há uns anos não sei nada deles!
A tia Casemira, mais nova, casou com o tio José tiverem um único filho, Manuel Fernando que por sua vez teve duas raparigas, uma delas a Mónica casou com um dos filhos da Maria Laura, um segundo primo! vivem em Bragança. Este tio, pelos vistos era "gabiru" e fez a vida negra à mulher, que era enfermeira e não aguentou a pressão e acabou por morrer quando caiu numa depressão profunda!
Agora vou descrever um pouco o porquê deste tipo "árvore genealógica" que para aqui fiz. A tia, esposa do tio Albino, trabalhava em costura e como a vida dos meus avós era difícil, ela disse que levava a Quina para viver com ela ao que meus avós acederam! pelos vistos enquanto a mãe dela foi viva, esteve bem depois foi o martírio... antes de ir para a escola já tinha que deixar o fogão acesso que na altura era a lenha, pois ela além da costura, fazia enchidos! viveu uma autêntica escravatura, ela conta que uma vez, já de noite, estava com tanto sono que ao abrir uma casa para um botão, cortou mais do que o que devia e levou uma tareia que ficou toda pisada! Até que nos domingos que a iam visitar, ela começou a fazer queixa às irmãs e decidiram tirá-la de lá, ficando as três a viver com os meus avós até a ida de minha mãe para Angola que aconteceu no ano de 1957, minha mãe casou por procuração dia 2 de junho de 1957 e quem fez de noivo, foi o tio José, marido da tia Emília tanto que no dia a seguir foi trabalhar normalmente e para ela, só contava como dia de casamento, o dia 5 de Outubro de 1957 que foi o dia em que chegou a Angola!
Meu pai esteve em Angola cerca de 20 anos e minha mãe 18! ao fim de 18 anos, voltou a Portugal e como não tinha para onde ir morar comigo e com meu irmão, visto meu pai ter ficado lá, fomos para casa dos meus avós onde desde sempre morou a irmã mais nova, Maria Emília só passado um ano sensivelmente, meu pai veio e alugaram uma casa onde morava o tal Artur, primo de minha mãe que foi morar com os pais, minha mãe pagou-lhe as obras que ele tinha feito e ainda teve que lhe comprar algumas mobílias, pois era uma "condição" para ficarmos com a casa porque eram "7 cães a um osso" e não havia contemplações...
Ficando minha a pagar mil escudos de renda!
Passados uns anos aquela zona, no "Pinheiro Manso", era uma zona de casas com mais de 100 anos e foi tudo abaixo e na altura meus pais foram primeiro para a zona do Amial e depois para Lordelo do Ouro, perto do "Pinheiro Manso" onde moravam anteriormente!
A única pessoa que visitava várias vezes a minha mãe, era a irmã Maria Emília a mais nova e minha madrinha, também por procuração, passava com com ela as tardes de sábado! falavam de muitas coisas e à cerca de quatro ou cinco meses, deixou de o fazer, deixou de a visitar!... minha mãe dizia que o motivo foi o ela ter dito que: - "se eu tivesse vindo rica de Angola, não me faltavam visitas, agora assim estive muitos anos fora e já não me consideram da família". Como é evidente, esta "boca" se é que se pode considerar assim, não era para ela pois se ela o fazia, não a devia atingir.. Minha mãe sentiu a falta, pois quando falava no assunto referia que devia ser por o que disse, mas certeza não tinha!
Entretanto minha mãe faleceu e uma das primas a Emília Alice, decidiu fazer um "jantar de primos"...
Ontem telefonei à minha tia Quina e foi ela que me disse, por coincidência depois de jantar telefonou-me a minha madrinha e irmã mais nova de minha mãe, que rodeou, rodeou falou inclusive num assunto que a outra tia me contou que tem a ver com uma filha da prima Maria Laura e que vai trabalhar para França e souberam isso no dito jantar, pois juntas e ela não disse onde o soube e eu não sei porquê mas na minha ideia estava mais interessada em saber o que eu e meu irmão fizemos aos pertences de minha mãe!
Quando lhe disse que demos quase tudo ficou "admirada" pois que minha mãe tinha "coisas muito boas", inclusive falou na máquina de costura e numa cena que tem um prato por baixo e uma tipo terrina, que penso ser em prata ou casquinha que pelos vistos tinha sido uma outra prima que lhe tinha dado e como ela já tinha perguntou se podia dar a minha mãe e assim fez, na altura o meu pai mandou limpar que estava toda preta e ainda gastou bastante dinheiro. Disse-lhe que essa terrina está comigo, guardada na garagem, porque embora não a tenha dado, não a vou usar e que se ela a quisesse que lha dava na boa, ela disse que não, que ficasse com ela para sempre que quisesse mudar o que tenho no centro da mesa.
No entanto não posso deixar de sublinhar, que no período em que viemos de Angola ela foi a pessoa que mais ajudou a minha mãe, lembro que sempre que nos iam visitar levamos bens de primeira necessidade isso é verdade e não esqueço!
Posso estar dedondamente enganada, mas a mim só me ocorre que realmente a D. Aida, senhora minha mãe, estava "carregada de razão"!, o jantar foi feito depois de ela partir e porque não me falou no jantar? coincidência ? talvez sim, ou talvez não... vou dar o benefício da dúvida e talvez tenham pensado assim: " bem já foi mais uma qualquer dia não há jantar de primos para ninguém" ... !!! ou será que realmente não a consideravam da família???? eis o busílis da questão!
Sei que embora eu não seja pessoa que me preocupe com isso, não deixo de sentir uma certa nostalgia sempre que me vem à ideia o assunto! mas pronto não tenho mais que "levar" com eles em ocasião alguma e agora já podem fazer as lancharadas à vontade lol. Se estiver a ser injusta...paciência, escrevi o que penso e está dito!
É por isso que eu digo e volto a dizer, se eu um dia tenho o "azar" de ficar rica....
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