“Quando falo, todo mundo acha que estou a querer aparecer, que sou ridícula quando fico quieta, insolente quando
respondo, inteligente quando tenho uma boa ideia, preguiçosa quando
estou cansada, egoísta quando como um pouquinho mais do que deveria,
imbecil, covarde, calculista e outros adjetivos. O dia inteiro só ouço
dizerem como sou uma criança irritante, e apesar de rir e fingir que não
me importo, eu me importo, sim. Gostaria de pedir a Deus que me desse
outra personalidade, uma que não criasse antagonismos com toda a gente.
Mas isso é impossível. Estou presa ao caráter com o qual nasci e, mesmo
assim, tenho certeza de que não sou má pessoa. Faço o máximo para
agradar a todos, mais do que eles suspeitariam num milhão de anos.”
— | O Diário de Anne Frank. |
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