(imagem tirada da internet)Pelo que a minha mãe conta, pois não tenho memória dessa altura, andava sempre de mão dada com ele, e dizia: o meu maninho isto, o meu maninho aquilo, e ai de quem lhe "tocasse", estava sempre pronta para o defender...
Durante a adolescência, já passada no Porto, fomos tendo aquelas quezílias próprias de irmãos, mas sempre muito unidos.
Fomos crescendo, até que chegou a hora de ele ir para a tropa, primeiro, ficou "livre" como se dizia, depois, foi chamado e fez a recruta em Portalegre e depois o resto do tempo, em Coimbra, foi "Polícia do Exercito", diga-se se passagem ele era um tropa muito bonito e a farda ficava-lhe muito bem (irmã babada)
E penso que nessa época, ficamos ainda mais unidos, era a primeira vez que nos separávamos, e ele não vinha todos os fins de semana, alguns até tinha que ficar por lá.
Depois, mais tarde, o que acontece, na maior parte dos casos é o seguinte:
Os irmãos casam, ou vão viver com os namorados ou namoradas, vai cada um para seu lado, e depois já nada fica como antes...sabe-se onde estão, juntam-se nos aniversários, em festas, na casa dos pais, mas nada é como quando são só os "irmãos", nunca mais é a mesma coisa, aquele contar tudo um ao outro, aquela união diária, aquele sentir a tristeza do outro, aquele olhar matinal....aquele, eu "protejo-te" fica muito mais distante!.
Sei que é a lei da vida, e não sou como algumas pessoas que dizem que "os amigos se escolhem, irmãos não se podem escolher", penso mais que os amigos vem e vão e os irmãos, ficam para sempre.
E por isso, por vezes tenho pena de ter tido só um filho, embora ele nunca tenho sentido a falta de um irmão, nunca tenha "pedido", acho que é bom para qualquer pessoa sentir a partilha só possível entre irmãos.
E tudo isto porquê? porque me fui lembrar de escrever sobre "irmãos"!!! Porque tive uma conversa com o meu irmão sobre "ajuda" e foi bom... saber onde "ele está".
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