Hoje vou falar do meu emprego, já que nunca escrevi nada sobre este assunto, vou fazê-lo hoje.
Trabalho numa firma desde o dia 8/6/1981 e como o meu filho muitas vezes diz: "foi um emprego para a vida" algo que realmente está em vias de extinção...embora ainda não possa dizer 100% que é o emprego para a minha vida, pois com a crise que estamos a atravessar e que também se sente no meu ramo de trabalho (qual é que não sente) não sei se estaremos "abertos" os anos que ainda me faltam para a reforma, não vou estar a pensar já nisso, tem tempo vamos ver como as coisas "correm".
Quando fui trabalhar para lá, tinha um patrão vou dizer á "moda antiga", por vezes até severo e inconveniente por vezes até um tirano, cheguei a assistir muitas vezes ao despedimento de colegas pelo simples facto de ele querer, ou porque vinha mal disposto, ou porque...sei lá... qualquer motivo servia para despedir um funcionário.
Mas nunca, nunca, deixou de pagar todas as indemnizações a que a pessoa tivesse direito, isso nunca o fez e também tinha coisas boas, lembro de numa altura sem eu sequer lhe pedir nada, só porque soube que eu precisava de um dinheiro, ofereceu-se logo para mo emprestar com a condição de pagar quando e como pudesse...
No ano de 2002, decidiu vender a firma a um "magnata", na altura era uma pessoa com muito dinheiro, pelo menos constava-se, embora hoje não tenha nada, tudo o que tinha foi por "água abaixo" mas isso, até hoje, ninguém consegue arranjar uma explicação, penso que nem ele deve saber muito bem...mas adiante, esse senhor, comprou a firma para uma cunhada, cunhada essa que ainda hoje é a minha patroa isto desde 18/4/2002 dia em que foi feita a escritura embora o negócio tenha sido realizado no início desse ano.
Voltando um pouco atrás, esse meu primeiro patrão, além do ordenado, subsidio de Férias e Natal, tínhamos ainda direito a subsídio de Páscoa, um prémio no fim do ano e ainda um valor no dia de anos... "benesses" essas que acabaram com a venda da firma...á excepção do prémio no final do ano, que ele fazia questão de me dar, motivo pelo qual o transmitiu a esta nova patroa para que ela continuasse a "título particular" com ele gostava de dizer, a dar-mo e assim foi, até o ano passado.
Estamos praticamente a 2 meses do final do ano e já fui chamada "á gerência" para ouvir dizer que "não vai cumprir o prometido" simplesmente porque "não tem dinheiro"!...
Ora, eu até compreendo que a crise é muita, que não vendemos o que vendíamos, compreendo, mas não aceito...não podia dar de uma maneira, dava de outra, não podia dar de uma só vez, dava por duas ou três, afinal nem tanto é, são somente trezentos euros, verba essa que nunca teve alteração ao longo dos anos foi a que o antigo patrão me dava há anos...
Por isso digo, para algumas pessoas a "palavra" não vale nada...
O "Velhote" podia até ser um "ditador" mas cumpria com a palavra que dava e só se desfez da firma porque a idade já era muita e não tinha seguidores...
Não vou ficar mais rica nem mais pobre, mas "chocou-me" o acto em si, porque no fundo no fundo está "crise" mas como sempre as "crises" são só para alguns...(mais tarde escreverei sobre algo que penso se irá passar em Janeiro sobre crise) .
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