sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

ARRUMAÇÕES

Tenho tido uns dias de grande carga emocional, tudo porque resolvemos fazer alterações no quarto do meu filho e como essas alterações envolviam a troca de mobília e como a antiga cama tinha "alçapões" onde se guardavam um cem número de coisas e esta não tem, embora seja maior, resolvemos arrumar a garagem.

Desde que o Nando nos deixou, nunca o fizemos! Então meu irmão telefonou ao estofador onde agora manda fazer as obras que tem, para ele ver se haveria alguma coisa que lhe pudesse ser útil então esteve aí e   viu o que tinha a ver, ofereceu-se para comprar a máquina de forrar botões e as matrizes, algumas espumas, cordões, linhas, etc. e quarta feira, com uma carrinha tipo "master" veio buscar e referiu por mais que uma vez a forma "organizada como o seu marido tinha isto"... é um facto, a ferramenta toda certinha num quadro e as máquinas sempre no seu devido lugar!

Falou também em levar uns martelinhos mas só levou um porque todos os outros tinham as iniciais do nome do Nando  gravado (F.L.F.A) e a data  pois foram feitos pelo pai alguns mais ou menos na altura em que começou a trabalhar, um tem gravado o ano de  1974, outro 1987 e vários!

Apesar do que o Sr levou, deitamos muita coisa fora, inclusive amostras de tecidos e peles que não serviam rigorosamente para nada, fomos umas 4 vezes ao ecoponto de Custóias!

 Embora antes de o fazer, tenha tido a consciência que as coisas não podiam ficar ali a ocupar um espaço que nos fazia falta, tenha pensado que infelizmente Ele não volta mais, foi duro, muito duro!

Não posso dizer que nos desfizemos de tudo, temos ainda 2 máquinas que serão para vender e uma outra que vamos ficar com ela  para recordação foi logo uma coisa que meu filho disse e já está encosta a um cantinho.

De resto as prateleiras, o leitor de cd´s, o saquinho onde pendurava o telemóvel, o quadro que o filho lhe deu, está tudo onde sempre esteve e onde ficará...

Temos agora a garagem arrumada, ou pelo menos mais em ordem,  mas não deixei de sentir o que sempre senti quando abro o portão para meter ou tirar o carro,uma sensação que mesmo ali, nada vai ser igual, como em lado nenhum e a vida continua e a saudade fica, para sempre!

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