sábado, 13 de março de 2010

PASSAR UMA BORRACHA

Gostava puder esquecer...
Gostava ter podido dormir, calma, sem stress...
Sei que fui "má"...
Sei que sou "má"...
Sei que não consigo perdoar, ou melhor, sei que vai ser difícil perdoar...
Tenho que aceitar as diferenças, mas pensava que éramos "siameses"...
Pensava que apesar de tudo éramos um "só", sem segredos, enganei-me, chorei, sofri, não dormi...

Hoje coloco um sorriso... fingido, uma alegria, falsa, desta vez reprimo as lágrimas, tenho que fingir que está tudo bem, ninguém sabe, ninguém nunca saberá, por mim, o que sinto, o que me vai na alma, sinto-me só... e sei que esta "ferida" dentro de mim vai custar a sarar... porque é impossível colocar uma curita para ela deixar de sangrar...
Sei que no fundo não mereces, não mereço, talvez seja o castigo... por tanto amor, por amor tão sofrido, talvez, não sei.


(Pintura de Ivonne Munnik)

1 comentário:

  1. Vim dar aqui por acaso.
    Gosto especialmente deste "poema" se se pode chamar assim, e a imagem encaixa na perfeição no contexto, transmite muito sentimento principalmente para quem já viveu uma situação de traição, e essas situações por vezes são muito dolorosas, eu falo por mim, fui traída, vivia com um homem e não o conhecia, dizia que me amava, que não podia viver sem mim, mas tinha não uma mas várias "namoradas" além de mim.
    Embora houvesse que me tivesse dado alguns "sinais" eu não queria ver, amava-o mais que a vida. Hoje perdoei, mas não esqueci, as traições são perdoadas mas nunca esquecidas.
    Desculpe este comentário tão longo.
    Maria Emília

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