Foi o tempo que estive casada com o Nando.
No ano de 2007, altura em que fizemos 25 anos de casados, foi o ano em que a nossa vida nunca mais foi a mesma, foi um viver,vivendo, a primeira operação, abril 2007, remoção de parte do intestino, a segunda, agosto 2009, para não puderem tirar nada do "bicho", a introdução do cateter as sessões de quimioterapia, as sessões de radioterapia, as consultas, tudo, tudo...!
Sei que ele ainda "partiu" à muito pouco tempo, mas para mim tem sido muito custoso! Posso dizer que estou sempre a ver o que ele sofreu e principalmente como a doença evoluiu tanto em apenas um só mês. Dia 24 de Dezembro, começaram os lapsos de memória, o não conhecer o telemóvel dele.... dele, não o de um estranho, a maneira como ele me olhava, a cara de sofrimento, o facto de não se conseguir levantar sem ajuda, a maneira como ele dizia: tenho calor, para dizer que tinha sede e principalmente não esqueço, os dois últimos dias da vida dele... as manchas no corpo, os olhos já não me viam a boca já não me falava e sofria, por mim, por nós!
Embora estivesse "preparada" sinto muito e sofro com a falta dele.
Todos dizem que não posso pensar que não o vou ver mais, mas para mim isso é impossível, ele está em todo o lado e preciso tanto de lhe dizer algumas coisas, preciso tanto que ele entre pela porta dentro com a saca do pão quentinho, principalmente ao domingo, que me sabia tão bem a regueifa quente, enquanto ele lia o jornal de notícias e eu a revista, preciso tanto quando estávamos a falar de alguma coisa e ele dizia: mas chèri, não é bem assim, ou foi desta maneira ou daquela...Não esqueço o dia que lhe disse que vinha embora para casa, que a firma ia fechar, resposta dele: seja o que Deus quiser,não te preocupes!
Sei e sinto que sou outra mulher estou diferente, sou muito mais... não vou dizer reservada, mas calada, parte da alegria que tinha, foi embora, ou foi indo ao longo destes 5 anos...
Os filmes na minha cabeça são mais que muitos, desde tudo a tudo e gostava de puder acreditar que ele está bem, que encontrou os irmãos, o meu pai, alguns dos amigos que também já cá não estão... mas o "filme" é bem mais real, é imagina-lo gelado, insensível, está seguramente "melhor" do que o que esteve este último mês, isso sem dúvida, o sofrimento era muito e para mim era de "rebentar".
Ainda hoje, ao entrar na garagem a cadeira da Cristina, por acabar, as ferramentas, em cima da mesa, as máquinas, o saco do cofarelo, etc, etc... é duro muito duro!
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ResponderEliminaracredito que haja
amiga tem mta força, n te venhas abaixo
preciso de ti ao pe de mim sim?
va....upa,upa...sorriso...))
beijinhos enormes ivone....
luadoceu
Obrigada amiga, por tudo e também pela estrelinha.:)
ResponderEliminarTodos nos que fazemos parte desta vida temos uma missão, a dele já foi cumprida...
ResponderEliminarAgora foi descansar para um lugar bonito! No qual zela por ti e pelo teu filhote
Bjs
Branca
Vais ser sempre a "minha BRANCA".
ResponderEliminarObrigada por tudo e vou deixar msg no face para sábado. Fica bem.
Amiga estás a viver um luto, uma perda importantíssima, tudo o que descreves é natural … o tempo encarrega-se de te aliviar essa dor e forçar-te a seguir em frente. Beiokas
ResponderEliminarO tempo... sim o tempo!. Obrigada pela tua força. Beijinhos.
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