quarta-feira, 23 de novembro de 2011

MALDITA DOENÇA!..

"De modo geral, excepto as infelizes excepções, o familiar representa mais do que a simples presença de alguém promovendo cuidados ao paciente. O familiar representa alguém que, independente das possibilidades terapêuticas, pode compreender e realizar com carinho difíceis tarefas como, por exemplo, dar banho, às vezes no leito, dar a medicação nas doses e horários certos, preparar e dar uma alimentação adequada, fazer curativos, etc."

"É claro que os profissionais contratados para essas tarefas poderão fazê-las melhor, tecnicamente, mas importa muito a maneira e o carinho com que são realizadas. Havendo a qualidade efectiva dos cuidados, outros cuidadores, além da família podem ser envolvidos no Tratamento Paliativo."

"Um dos propósitos da Medicina Paliativa é orientar a família para que ela seja um bom suporte de auxílio ao paciente terminal, priorizando sempre as condições necessárias para manter o paciente em casa onde, seguramente, terá uma qualidade de vida melhor. Em casa ele estará cercado de carinho e atenção, o que pode minimizar o seu medo de morrer."

"A Medicina Paliativa procura conseguir que os pacientes desfrutem os dias que lhes restam de forma mais consciente possível, livres da dor e com seus sintomas sob controle. Isso tudo é pretendido para que esses pacientes possam viver seus últimos dias com dignidade, em sua casa ou em algum lugar mais parecido possível, rodeados de pessoas que lhes queiram bem. Na realidade, esse tipo de cuidado pode ser realizado em qualquer local onde o paciente se encontra, seja em sua casa, no hospital, em asilos ou instituições semelhantes, etc."

"Paliativo é um tipo de cuidado médico e multiprofissional aos pacientes cuja doença não responde aos tratamentos curativos. Para a Medicina Paliativa é primordial o controle da dor, de outros sintomas igualmente sofríveis e, até, dos problemas sociais, psicológicos e espirituais."

Os Cuidados Paliativos são interdisciplinares e se ocupam do paciente, da família e do entorno social do paciente. Os Cuidados Paliativos não prolongam a vida, nem tampouco aceleram a morte. Eles somente tentam estar presentes e oferecer conhecimentos médicos e psicológicos suficientes para o suporte físico, emocional e espiritual durante a fase terminal e de agonia do paciente, bem como melhorar a maneira de sua família e amigos lidarem com essa questão.

"Essa área médica objectiva o alívio, a preparação e, consequentemente a melhoria das condições de vida dos pacientes com doenças progressivas e irreversíveis como, por exemplo, cronico-degenerativas, incapacitantes e fatais."

"Uma das maiores dificuldades para a Medicina Paliativa ter desenvoltura próxima à de outras especialidades, pode ser o preconceito universal existente em relação às condutas terminais, mais precisamente, em relação à morte."

"Um dos propósitos da Medicina Paliativa é orientar a família para que ela seja um bom suporte de auxílio ao paciente terminal, priorizando sempre as condições necessárias para manter o paciente em casa onde, seguramente, terá uma qualidade de vida melhor. Em casa ele estará cercado de carinho e atenção, o que pode minimizar o seu medo de morrer."

"Mas, tendo a serenidade suficiente para identificar a fase paliativa, a medicina entenderá que seu papel não é mais vencer a doença ou a morte, mas aliviar o sofrimento, limitar o mal e acalmar a dor. Nessa fase a medicina curativa não tem mais direito de imiscuir-se na vida daqueles que não a necessitam mais. Resta ainda à medicina integral, sua mais nobre função: consolar."

"Nessa fase de agonia, que na realidade faz parte do trajecto vital da grande maioria das pessoas, a medicina deve preocupar-se em aliviar sintomas, acalmar dores e tratar das emoções, pois agora já não podemos negar, nem duvidar e nem nos escondermos da morte."



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